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  • Foto do escritorrutefiguinha

Relação com a Morte

Em 1977 foi o primeiro contato que tive com o luto, luto por alguém extremamente especial para mim e só tinha três horas de vida. Havia falecido a minha querida mãe. Voltei a ter contato mas desta vez de uma forma intensa com apenas doze anos em 1990, quando uma menina que me era muito querida faleceu vitima de um atropelamento numa passadeira em Alcácer do Sal. Para mim foi a minha primeira vez que me marcou profundamente, foi a primeira vez que lidei com a morte de perto. A minha amiguinha Vera havia partido. Anos mais tarde vivi a perda do meu avô com 96 anos de idade, o meu melhor amigo, na altura o meu protetor, um verdadeiro PAI com letras maíusculas. Foi terrivel e nessa altura fechei-me como se de uma concha me tratasse, e chorei, chorei muito e ainda hoje o recordo com saudade e mantenho a sua chama acesa no meu coração. Logo a seguir perdi a minha sogra em 2007 e ainda hoje sinto a sua falta e relembro com muito carinho algumas das suas passagens aqui pelo plano terrestre. Mantedo-a viva nas nossas vidas e nos nossos corações. Mais tarde chegou a hora do adeus á minha avó Manuela que sucumbiu ao desgosto de ja ter perdido dois dos seus quatro filhos , a minha mãe Mitó e o meu tio Orlando. Pensei sinceramente que a perda de pessoas que eu amava tinha terminado até chegar a minha vez. Hoje vivencio na primeira pessoa o peso das palavras "a vida continua" até à perda de um filho, essas palavras faziam sentido na minha boca. Hoje já não tenho tanta certeza. Talvez a vida continue mas não é a mesma sem ti. Não tem o mesmo cheiro, Não tem o mesmo gosto, Não faz o mesmo sentido porque faltas-nos tu. Nunca pensei que a morte me afetasse tanto como a tua me afetou. Amo-te Pedrocas e Amar-te-ei eternamente. 💙




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