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Suicídio

Prevenção do suicídio: atenção aos sinais de alerta O mais fácil é olhar para o lado e mascarar a realidade. Mas todos temos o dever de estar informados sobre o suicídio e unir esforços para ajudar quem se encontra em sofrimento

Apesar de ainda ser um assunto tabu na nossa sociedade, o suicídio encontra-se entre as 10 principais causas de morte em Portugal e em todo o mundo. No nosso país, anualmente, suicidam-se cerca de 1000 pessoas, com maior incidência em pessoas com mais de 64 anos e na região Alentejo.

As tentativas de suicídio são mais frequentes nas mulheres (envenenamento é um dos métodos mais utilizados), mas os homens são mais propensos a completá-lo, porque normalmente usam métodos mais eficazes e mais potencialmente letais (armas).

No suicídio, tal como noutras doenças mentais, o mais fácil é olhar para o lado e mascarar a realidade. Mas todos temos o dever de estar informados sobre o problema e unir esforços para ajudar quem se encontra em sofrimento.

Reconhecer os sinais de alerta Os sinais de alerta variam de acordo com a personalidade de cada um, mas costumam seguir um padrão. Conhecer estes sinais permite intervir a tempo e, quem sabe, salvar vidas.

Mudanças de comportamento, como por exemplo deixar de praticar algum hobbie, deixar de cuidar da aparência. Mudanças de humor drásticas: tristeza, sensação de vazio, irritabilidade, sentimentos fortes de culpa ou vergonha Falar sobre suicídio – por exemplo, dizer expressões como “Vou-me matar”, “A minha vida não tem sentido”, “Estariam melhor se eu desaparecesse”, “Não aguento mais viver assim”, “Não vejo nenhuma saída/luz ao fundo do túnel”, “Ninguém me entende” ou “Quero morrer”. Melhorias ou períodos de calma súbitos: a pessoa aceitou a decisão de cometer suicídio e pode simular uma melhoria para levar a cabo o plano. Faltar ao trabalho ou à escola. A pessoa que está em sofrimento intenso isola-se e passa a faltar ao trabalho, à escola ou à faculdade. Apesar de ser visto como «irresponsabilidade», trata-se de um sintoma de sofrimento grave e independente da idade. Adquirir meios para acabar com a própria vida, como comprar uma arma ou comprimidos Dizer adeus às pessoas como se não fosse vê-las novamente Tentar resolver assuntos pendentes: pode indicar a existência de um plano para cometer suicídio Ameaças: a maior parte das pessoas que pensa cometer suicídio avisa alguém próximo. Este aviso não deve ser ignorado ou encarado apenas como uma forma de chamar a atenção. Aumento do consumo de bebidas alcoólicas, drogas e remédios. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas, remédios e drogas são agravantes para uma pessoa com tendências suicidas. O ato suicida, apesar de envolver um plano, acontece num momento de impulso. Tentativas anteriores: muitas vezes, os suicídios são precedidos por tentativas anteriores. Fatores de risco Perda de um ente querido, ruturas, problemas financeiros ou legais. Problema de abuso de substâncias (drogas, álcool, ou comprimidos) Acesso a armas ou outros letais Histórico familiar de transtornos mentais, suicídios, violência, abuso físico ou sexual. Transtorno psiquiátrico, como a depressão grave, stress pós-traumático ou transtorno bipolar. Ter doenças crónicas, dor crónica ou doença terminal. As intenções ou pensamentos suicidas devem ser sempre levados a sério. É importante manter-se próximo, informar outras pessoas próximas e estar atento.

A depressão, «o bicho» que mata A depressão é a doença que mais contribui para as mortes por suicídio, a chegarem aos 800 mil por ano em todo o mundo. O suicídio é mesmo a segunda principal causa de morte em pessoas dos 15 aos 29 anos. O mesmo não se verifica em Portugal, onde é mais comum em pessoas mais idosas, nomeadamente com doenças crónicas incapacitantes e que vivam sós.

Atenção redobrada a uma alegria sem explicação Doentes com depressão severa e que planeiam o suicídio podem simular uma melhora repentina. Portanto, se uma pessoa muito deprimida se mostrar subitamente feliz, é importância acompanhá-la para garantir que não vá tentar tirar a própria vida.

Como ajudar e prevenir o suicídio Quando suspeita que alguém possa estar com pensamentos suicidas, o importante é tentar entender o que está a acontecer e quais os sentimentos associados.

Não tenha medo de perguntar à pessoa porque é que a pessoa está triste, deprimida e se está a pensar em suicídio.

De seguida, procura a ajuda de um profissional qualificado (psicológico ou psiquiatra).

Uma boa opção é ligar para a SOS Voz Amiga – primeira linha telefónica em Portugal de apoio em situações agudas de sofrimento -, pela linha verde gratuita 800 209 899, que funciona entre as 21 e as 24 horas.

A maioria das tentativas de suicídio são impulsivas, por isso, é importante retirar todo o material que possa ser utilizado pela pessoa para se suicidar (facas, armas ou comprimidos) dos locais onde passa mais tempo. Essa precaução evita comportamentos de impulsividade e faz com que tenha mais tempo para pensar numa solução menos agressiva para os problemas.

*Os conteúdos são informativos e não pretendem substituir pareceres de cariz profissional e científico.


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